Diante do interesse de uma empresa holandesa em implantar fábrica de ônibus elétricos na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, o Governo do Estado pediu que a companhia elaborasse um plano mestre (masterplan) para justificar a viabilidade econômica e financeira do negócio. Os veículos atenderiam à demanda tanto do mercado internacional quanto nacional.
Na última segunda-feira, 30, dia em que foi oficializado o hub (centro de conexões de voos) da Air France-KLM/Gol em Fortaleza, executivos da companhia estiveram reunidos no Palácio da Abolição com representantes de empresas de ônibus de Fortaleza e com o secretário de Assuntos Internacionais do Governo do Ceará, Antônio Balhmann.
De acordo com Balhmann, a empresa, cujo nome ele prefere não revelar, já vinha sinalizando ao Estado a vontade de construir uma planta na ZPE, localizada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), no município de São Gonçalo do Amarante, distante 59,4 km de Fortaleza.
O secretário informa que a empresa holandesa ficou de elaborar o plano mestre, abordando no projeto questões como: preço médio dos veículos para os mercados nacional e internacional, financiamento dos equipamentos, manutenção e reposição de peças dos ônibus, logística, etc. “Todos esses pontos precisam ficar claros no masterplan. É uma empresa com expertise no setor de ônibus elétricos alimentados a bateria e que atende boa parte do mercado europeu. A probabilidade para viabilizar esse projeto na ZPE é grande”, afirma. Conforme O POVO apurou, a companhia também tem produção na China, além de na própria Holanda.
Conforme Balhmann, o Estado ainda tem mantido negociações com outras empresas que também produzem veículos elétricos, como a chinesa BYD, que opera no Brasil desde 2015.
Convencimento
Por outro lado, o secretário observa que, em âmbito municipal, estadual e nacional, os empresários das concessionárias de transporte coletivo urbano precisam estar convencidos de que a compra de ônibus elétricos valeria a pena. “Por isso, é preciso criar essa demanda. O Governo é apenas um mediador das negociações. Trabalhamos para facilitar o contato entre a companhia e os empresários”, acrescenta.
Fonte: O Povo.